27 de setembro de 2022
Estou escrevendo esse texto agora assistindo um show do MRH
e todos os detalhes ali me excitam, terminando aqui eu vou fantasiar com tudo
aquilo, e você se quiser pode ir pra casa do caralho.
Acho que é a primeira vez que eu vou escrever sobre meus
gostos sexuais pra publicar se eu tiver vontade, ou coragem... Mas o que eu vou
escrever daqui por diante neste texto eu nunca contei pra ninguém, então se
alguém quiser fazer mal uso posteriormente, bom proveito. Já aviso que eu
saberei suas intenções porque tenho boa intuição.
Desde nova tenho um desejo sexual muito intenso e eu não sei
dizer por que ou se realmente tenho algum problema, só sei que foi algo precoce
e quase incontrolável, o que me levou a buscar muitas informações sobre sexo e
praticar atividades que tenham a ver com isso, minhas conversas geralmente eram
voltadas pra esses assuntos: meninos e seus penis... Acabei descobrindo cedo do
que eu gostava e comecei a fazer por ai, de forma inconseqüente. Será que dá
pra culpar o transtorno bipolar por isso?
Mas sabe quando tu experimenta todas as coisas que são
consideradas “normais” e precisa de algo mais forte pra chegar ao orgasmo? Algo
diferente do habitual... E nessa levada eu tenho que descobrir sozinha - fazer
sozinha - aquilo que me dá prazer pra eventualmente tentar fazer acompanhada de
alguém e ter certeza de que sentirei a mesma coisa ou se acompanhada não é o
mesmo prazer que sozinha. Sim, estou dizendo que eu freqüentemente utilizo da
masturbação pra me descobrir. Percebi muitas coisas a partir disso, mas o que
mais me atraiu (leia “o que mais me fez gozar com força”) foi a possibilidade
de transar com um mascarado.
Meu amor, nós estamos em época de lançamento do novo filme
do Halloween e pra quem ainda não sabe ainda, eu tenho um grande fascínio pelo
Michael Myers, ponto. Mas o que ninguém sabe - e se nunca ler esse texto, nunca
saberá porque eu não contarei novamente -
é o porquê eu tenho esse gosto pelo maníaco do filme de terror... A
verdade é que ele me dá tesão. Fiquei com vergonha agora ao botar isso em palavras,
pois ler isso em voz alta me espanta mais do que eu achei que espantaria...
Socorro!
Eu tinha uns 14 anos quando conheci o Slipknot e a partir
dai percebi varias referencias a filmes de terror como inspiração dos músicos
daquela banda para suas mascaras. Bom, eu tinha tesão no Corey Taylor e
eventualmente ele falou por aí que a mascara dele - e a persona que ele
incorpora quando em performances ao vivo da banda - era baseada no Michael
Myers. Eu me lembro de ir fuxicar pra saber quem é esse tal de Myers e acabar
dando de cara com os filmes do Halloween, os filmes me assustaram bastante e a
violência do psicopata me chocou porque era o que me dava vontade de fazer com
alguns valentões que me incomodavam no colégio... A atração foi instantânea e o
tesão também, não sei se porque eu associei o Myers ao Corey Taylor ou se
porque me imaginei matando as pessoas que haviam me envergonhado e maltratado
na escola com os bullyings da vida, igual o Myers fez nos filmes. E tudo isso
somado ao fato de eu estar em uma fase de descoberta, me masturbando pelo menos
três vezes por dia, ouvindo as musicas dos mascarados e tinha orgasmos
múltiplos quando imaginava algum deles me pegando devidamente, do jeito que eu
mandava que fizessem (nas minhas fantasias).
E ai depois eu conheci o Mushroomhead e posso dizer que até
hoje, não tem um único momento que em que eu ouça as musicas deles ou que eu
veja o Waylon Reavis e não molhe a calcinha... Também tenho vergonha de dizer
isso, mas ele me excita muito e não é algo que eu consigo conter. Gosto de
imaginar ele fazendo coisas comigo que sei que na vida real iriam doer bastante
e talvez até me tirar a vida, gosto de me imaginar fazendo isso com ele também.
E talvez eu devesse experimentar BDSM com algum estranho pra saber se eu
realmente morreria fazendo o que tenho vontade...
Não sei por que eu sou assim, mas eu sou e não gosto da
idéia de mudar isso.
Hoje me veio à mente o pensamento de que eu gosto de
mascarados porque eu nunca veria os rostos deles como realmente são, nunca os
conheceria de fato, então sendo apenas imaginários eu poderia fazer o que eu
quisesse com eles. Pessoas que se me abandonassem eu não sofreria, pelo simples
fato de saber que não existem realmente, seria mais fácil aceitar o abandono
quando aquele personagem sumisse. Na verdade, tal personagem só iria embora se
eu o mandasse pra longe, ou seja eu teria o controle sobre tudo. E seria tão
bom poder gostar de alguém que eu de fato inventei, pois tal ser nunca me
decepcionaria sendo que eu já sei o que ele é... Eu não teria surpresas dessas
que me machucariam. O mascarado existiria apenas pra me satisfazer quando eu
quisesse e ordenasse. Talvez em algum ponto me frustrasse, pois eu ia querer um
pouco de realidade, mas a realidade dói muito e eu não gosto de sentir dor
emocional, então retornaria ao imaginário.
Se for levar em consideração que todos os homens no mundo
são mentirosos que se mascaram com a própria cara mas que decepcionam do meio
ao fim, essa minha inventação de moda não é lá tão bizarra. Eu só quero me
preservar.
Sou acostumada a lances casuais porque quero experimentar um
pouco de todos que cruzarem meu caminho, quero ter historias pra contar ou
lembranças pra antes de eu morrer. Quero aprender um pouco com cada um... Só
não quero me apaixonar e sofrer com términos indesejados e inesperados. Um
mascarado me ajuda a evitar qualquer indicio de emoção, pois eu já sei que
aquela pessoa não é real.
Sobre mascarados: eu não sei o que há por baixo da mascara
da pessoa que se coloca entre minhas pernas nas minhas fantasias mas sei que a
persona da qual a mascara faz parte sabe como me agradar e não vai se acovardar
quando eu precisar de mais daquilo que ele pode me dar. Eu sei que nunca terei
ninguém real e se alguém dia eu tiver será por pouco tempo, mas as minhas
fantasias nunca vão me abandonar.
A mascara é a minha possibilidade de fugir da realidade das
pessoas, da vida em si.
O vocalista da banda Avatar é um que se desse eu me agarrava
com ele num banheiro qualquer mas não podendo de fato, ele me visita entre um
sonho erótico e outro... O baterista do Mushroomhead tal como o baxista do In
This Moment seriam bem vindos pra um ménage e os caras do Ghost BC poderiam até
fazer fila quando um cansasse o outro continuava... O bom é que eu não preciso
me preocupar como abandonos. Talvez terapia resolvesse e é por isso que escrevo
isso agora, faz parte do processo terapêutico.
Então agora sabes porquê eu gosto do Michael Myers, do
Mushroomhead principalmente do Waylon Reavis e o baixista que eu não sei o
nome, do Slipknot e do Corey fdp Taylor, e porque eu gosto de transar ouvindo
musica e quase nunca crio vínculos com meus casinhos de uma noite. Não quero
ninguém vindo estragar meus prazeres secretos.
Estou com bastante raiva e um pouco de vergonha pelas coisas
que acabei de escrever, mas eu não menti em nada que lhe contei... Sou livre e
vôo alegremente dentro da minha própria prisão - que eu mesma criei, que eu
mesma me prendo e que só eu tenho a chave. Acho que tenho tesão em psicopatas
porque a possibilidade de morrer após gozar me é interessante e somente um
psicopata pra me matar após o sexo, né.
Já prestou atenção em como os dedos de um baixista se movem
enquanto ele toca seu instrumento musical? Será que os dedos dele se moveriam
daquele jeito enquanto ele me tocasse? Imaginar isso já é o ponto de partida até o clímax no qual
eu vou chegar em alguns minutos.
Boa noite!